Nunca vi medo nos teus olhos, exceto naquele momento.
Os teus olhos sempre chisparam coragem, luta e uma serenidade tenaz que me acalmava.
Nunca vi medo nos teus olhos, exceto naquele momento. No momento em que olhei para ti para me despedir, quem sabe para sempre. Não conseguimos trocar palavras, mas os nossos olhares tiveram longas conversas. Trocaram longas promessas e pedidos. Por favor volta, vai com coragem e volta. Tenho medo, tenho mesmo muito medo. Não posso fazer mais para ajudar, estamos entregues a algo superior.
Vai, mas volta por favor. E tu foste, deixaste-me no desespero da impotência e solidão por taciturnas horas que me rasgaram por dentro.
Ainda hoje, não recuperei e hoje sou eu que tenho medo, tenho muito medo, que vás e não voltes mais.